As casas de câmbio são um exemplo da lógica por trás da negociação de moedas. Se você planeja viajar para o exterior, deve avaliar qual o melhor momento para comprar a moeda estrangeira, acompanhando diariamente o preço dela em relação ao real. Também avalia se deve comprar em vários dias diferentes, ou comprar tudo de uma só vez, percebendo que há muita oscilação no valor.
Supondo que você comprou dólar a R$ 5,20 para sua viagem. Ao retornar, você tem uma sobra de dólar e verifica que a o valor está em R$ 5,60. Se você decidir por vender, terá um lucro de R$ 0,40 por dólar.
Os fatores que determinam o valor de uma divisa são diversos, desde aspectos econômicos até comercial e fiscal. As moedas costumam ser ativos muito voláteis. O Forex, como mercado, aproveita-se dessa volatilidade que cada moeda possui; os traders buscam lucrar com estas diferenças entre os preços de venda e de compra.
O tamanho da volatilidade vai depender, entre outros pontos, da liquidez da moeda, isto é, do volume e da quantidade de negócios que ela apresenta em um determinado período. Os pares que possuem maior oferta e maior procura são os que possuem maior liquidez e, consequentemente, os que mais oferecem oportunidades de negociações de curto prazo.
Nas negociações, há duas cotações de preços: o preço de compra (Bid) e o preço de venda (Ask). A diferença entre os preços Bid e Ask de uma moeda é o spread no Forex. Por exemplo, se o preço de compra de USDBRL for 5,4895 e o preço de venda for 5,4995, o spread será de 0,002, ou 20 pips[1]. Em uma negociação de compra ao preço de 5,4895, a operação passaria a ser lucrativa a partir do momento que ultrapassasse o preço de 5,4915.
[1] Os Forex Pips designam a quarta casa decimal de um par de moedas, que é a menor unidade de cotação, exceto para os pares de moedas JPY (iene japonês) para os quais o pip designa a segunda casa decimal. Assim, um Pip é igual a 0,0001.