APRENDENDO A

NADAR

Semana 4 - Endividamento - E agora?

Se você acompanhou o nosso conteúdo anterior, viu o quanto é necessário fazer um “Raio X” da sua situação financeira para começar o processo de organizar e planejar o seu orçamento.

Pode ser que você tenha se deparado com algumas dívidas, e até inadimplência, e acha que seja impossível sair do vermelho tão cedo. Mas calma! Lembra que falamos que pode ser um pouco desconfortável essa parte? Pois bem, ela até pode ser, mas o quanto antes você agir, mais rápido sairá dessa situação e frases como “estou com a corda no pescoço” e “minhas contas viraram uma bola de neve” não serão mais comuns no seu dia a dia!

Por que nos endividamos?

Os motivos para o endividamento podem ser variados. Alguns exemplos são: não ter o recurso total disponível para o pagamento de algo que deseja, se perder no controle do orçamento e necessitar de recursos para alguma emergência e até mesmo não querer usar alguma reserva disponível, acreditando ser a melhor opção assumir uma parcela de empréstimo “pequena”, mas que acaba não percebendo os juros ali envolvidos. 

Em muitas situações, até mesmo pela falta de educação financeira, as decisões para as compras, contratação de empréstimos, uso de cartões de crédito sem controle e cheque especial, são tomadas no “calor da emoção”, sem analisar de fato o orçamento, as condições do momento e as taxas envolvidas. A questão começa a ficar mais complicada e a sair do controle, quando a proporção de dívidas aumenta ao ponto de não ter dinheiro suficiente para realizar os pagamentos até a data do vencimento, gerando assim situações de inadimplência, aumento de juros e consequentemente do valor da dívida.

Falando um pouco em números, uma pesquisa realizada pelo CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC mostrou que as dívidas de cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnês de lojas, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestação de carro e de casa das famílias brasileiras, chegaram ao percentual recorde 67,4% em julho de 2020.

Dito tudo isso, talvez você se encaixe em uma dessas situações e esteja se perguntando: “ok, mas o que eu faço agora? ” Vamos lá!

Como se livrar das dívidas

Liste todas as suas dívidas com as seguintes informações: dos juros mais altos aos juros mais baixos, do maior prazo de pagamento ao menor prazo para quitação. É muito importante que você tenha clareza quanto ao tamanho e proporção de cada uma das dívidas para que possa se planejar para quitá-las tomando a melhor decisão.

Feita essa etapa, veja algumas alternativas que você pode e deve buscar:

Quando falamos de trocar uma dívida cara por uma outra mais barata, nos referimos à estratégia de você fazer uma dívida com juros menores para quitar aquela com juros elevados e que vem comprometendo de forma significativa o seu orçamento. Entenda abaixo como funcionaria:

Imagine que você tem uma dívida de cartão de crédito de R$ 2.000 e que foi financiada em 12 meses. Você sabia que, em julho/2020, a taxa 1 utilizada para financiar a dívida do cartão de crédito era de 131,80% ao ano. Considerando essas informações, você pagaria uma parcela mensal de R$ 255,27.

O que você pode fazer para reduzir essa parcela?

Você pode ir a um banco ou fazer simulações pelo site do Banco. Se  conseguir um empréstimo, sem ser o parcelamento pelo próprio cartão de crédito, com uma taxa de 10% ao ano, sua parcela reduzirá para R$ 175,43.

Veja o comparativo a seguir da economia que pode vir a conseguir:

A taxa de 10% ao ano ainda é considerada alta para um empréstimo, mas é melhor do que pagar os 131,80% de taxa do cartão de crédito.

O que você precisa, para fazer um bom negócio, é pesquisar detalhadamente as opções disponíveis e buscar as melhores taxas de juros. Quanto menor a taxa de juros cobrada no seu empréstimo, menor será a parcela a pagar, considerando uma quantidade igual de parcelas.

Uma alternativa muito válida para você, que é nosso participante Visão Prev e possui um ano de vinculação ao plano de forma ininterrupta, é realizar um empréstimo conosco, pois como somos uma entidade sem fins lucrativos, conseguimos oferecer taxas mais baratas do que em outras instituições. Aproveitar essa vantagem pode te auxiliar nesse momento de reorganização do orçamento (clique aqui para acessar o regulamento de empréstimos da Visão Prev e obter mais informações). 

Uma outra opção interessante, dependendo do tipo de dívida que você tenha, é a realização de portabilidade, em que você ao invés de pegar um empréstimo mais barato para quitar uma dívida cara, você apenas trocaria essa dívida de credor, ou seja, você transferiria a sua dívida para um credor que esteja cobrando juros menores e é ele quem fará a realização do pagamento para o credor que possui as taxas maiores. Veja o exemplo:

Vamos considerar uma pessoa que tem um financiamento imobiliário, contratados com juros anuais de 11,5%, e que ainda restam 15 anos, ou seja, 180 meses, para pagamento de uma dívida de R$ 200.000. A parcela paga mensalmente é de R$ 2.265,03. Levando esse financiamento para outro banco que cobra juros anuais de 8,5%, a parcela seria de R$ 1.932,82.

Veja que essa redução de 3%, em pontos percentuais, no longo prazo (como costumam ser os financiamentos habitacionais), faz uma diferença enorme no valor da sua dívida. Se for esse seu caso, busque mais informações e regras para realização da portabilidade e aproveite as quedas de juros no país para renegociar essa dívida!

Uma dica para buscar as melhores taxas é acessar a plataforma gratuita do Serasa eCred, pois lá, diversas empresas parceiras do Serasa como bancos, fintechs e outras financeiras, realizam ofertas de empréstimos e você pode verificar em um único lugar as taxas que estão sendo praticadas e escolher a melhor opção disponível.

A renegociação de dívidas é uma excelente alternativa para que você possa conseguir reorganizar o seu orçamento. Uma vez com todos os dados da sua dívida, é hora de entrar em contato com os credores para buscar uma negociação e realizar a quitação do débito o quanto antes.

Você pode acessar os canais de relacionamento dos seus credores, conversar com o gerente do seu banco e verificar se possuem alguma proposta a te oferecer ou até mesmo você sugerir uma forma para quitar a dívida. É importante estar atento na renegociação para não acabar realizando um mal negócio e até mesmo aumentar a sua dívida!

Outra alternativa disponível é o Serasa Limpa Nome, nessa plataforma, você entra com os seus dados e o sistema busca se há alguma empresa que você esteja com dívida aberta querendo fazer uma proposta de renegociação com você, com isso, você pode reduzir bastante o valor a ser pago! Não deixe de consultar essa plataforma e verificar se o seu credor possui cadastro e tenha uma oferta disponível para você!

Agora que vimos as alternativas para você quitar suas dívidas o quanto antes, é preciso falarmos quais estratégias você vai adotar e como vai organizar o seu orçamento para cumprir os pagamentos.

Na próxima semana abordaremos como elaborar as suas metas financeiras (sendo o pagamento das dívidas uma delas) e fazer com que o seu orçamento possa estar organizado e alinhado com os seus objetivos!

Não esqueça de fazer essa nova lição de casa e compartilhar com a gente sobre esse processo nas nossas redes sociais! Até a próxima semana!

https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/08/28/juro-do-cartao-de-credito-vai-a-2792percent-em-julho-para-o-cliente-regular.ghtml

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