É a estratégia mais difundida no país, representando cerca de 80% do volume investido em fundos multimercado. Tal estratégia consiste em aplicar os recursos do fundo com uma estratégia baseada nos indicadores e cenários macroeconômicos de curto, médio e longo prazos, ou seja, conforme as expectativas para taxas de juros, inflação, crescimento (PIB), câmbio, desemprego, balança comercial, entre outros.
Desta forma, o gestor avalia primeiramente as condições econômicas, tanto local como internacional, analisando o impacto desse cenário sobre os preços dos ativos. Após essa avaliação, o gestor busca quais ativos disponíveis no mercado possuem a melhor relação risco x retorno para o cenário traçado. O objetivo é conseguir antecipar os movimentos de mercado, alocando em ativos que estejam com preço desbalanceado e esperando sua valorização de acordo com as projeções econômicas.
Embora os fundos multimercado macro possuam uma diretriz comum, a gestão pode ser divida em duas vertentes, sendo: (i) macro trading e (ii) macro carregamento.
A estratégia macro trading possui um prazo de investimento mais curto, com maior sensibilidade aos movimentos de curto prazo do mercado, como política monetária e o nível de inflação corrente. Por outro lado, as estratégias de macro carregamento possuem uma vertente de longo prazo, com posicionamento mais sólido e mais focado em questões estruturais da economia, como equilíbrio fiscal, taxa de juros neutra e infraestrutura.
Por fim, os fundos multimercados podem ter abordagens de análise e tipo de gestão diferentes, sendo que as duas principais são:
- Gestão top-down: focada na avaliação da conjuntura econômica em primeiro lugar para então avaliar as expectativas de cada setor).
- Gestão bottom-up: focada na avaliação setorial em primeiro lugar, identificando tendências claras de preço, para então avaliar a conjuntura econômica).