Contratos futuros, diferentemente dos contratos a termo, são padronizados, isto é, não oferecem a flexibilização de regras e parâmetros como os contratos a termo, e são negociados na Bolsa de Valores. O mercado futuro é uma evolução do mercado a termo.
a padronização exige que, para cada contrato, sejam definidos um ativo objeto, prazo, volume, tamanho do contrato, características do ativo, cotação em bolsa, ajustes diários, margem de garantia e o tipo de liquidação (financeira ou física). A padronização simplifica as negociações.
Uma importante característica do mercado futuro é que o investidor pode se desfazer do contrato que comprou a qualquer momento, se houver alguém querendo comprar, através da bolsa de valores; isso confere maior volume de negociação e, consequentemente, maior liquidez. Nas negociações do mercado futuro no Brasil, as contrapartes mantêm-se anônimas; a própria B3 coloca-se como contraparte central garantidora, mas as operações são públicas.
Ao atuar como contraparte central, a B3 se interpõe como contraparte legal de todos os negócios aceitos, comprando de todos os participantes vendedores e vendendo para todos os participantes compradores. Esta característica permite que os riscos de crédito bilaterais originais sejam substituídos por um risco de crédito único, representado pela clearing. Outro benefício de ser a contraparte central é que proporciona um ambiente homogêneo e de alta qualidade no mercado, aprimorando o processo de formação de preços.
Quem compra ou vende contratos futuros, diariamente, recebe ou paga as diferenças entre o preço negociado e o alcançado, que consistem no método de ajuste por diferença. Diariamente, a própria B3 realiza os ajustes. Quando chega no vencimento do contrato ou quando ele é zerado, o lucro ou prejuízo será a soma dos ajustes diários. Esse mecanismo de ajustes diários tem o objetivo de reduzir os valores de depósito de margens de garantia.
Da mesma forma que o contrato a termo, quando uma pessoa negocia um contrato futuro, ela assume uma posição nesse mercado, que poderá ser “comprada” (lucra com a alta na cotação do ativo e perde quando há queda no preço) ou “vendida” (lucra com a queda na cotação do ativo e perde quando há alta no preço), conforme estratégia adotada.
Os contratos futuros também são um excelente instrumento de proteção em uma carteira; por exemplo, uma empresa que possui alguma dívida em dólar e acredita que há uma probabilidade de alta na cotação, poderá se proteger com contratos futuros de dólar. Mas o investidor pode se posicionar com contratos futuros, apenas por querer lucrar com a probabilidade que vê de alta ou queda no preço de um ativo.
Vários ativos e índices são negociados no mercado futuro, o que possibilita aos gestores de investimentos montar estratégias diversificadas, tanto de posicionamento quanto de proteção em suas carteiras.